segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Domingão, dia morto... GRAÇAS A DEUS!

Domingo... dia morto, graças a Deus... e em se falando em morto...


Passamos a semana inteira trabalhando, temos (quase todos) 2 dias por semana para descansar...  bom, meu sábado é morto também... rola uma macumba aos sábados lá na minha filial, em Valqueire...  Quando não estou na macumba é porque tive algum outro compromisso, como neste sábado, que eu estava fazendo curso...

Com isso mato 50% do meu tempo de descanso...


No primeiro domingo do mês mato os outros 50% em outra macumba...


Hoje, graças a Deus, não rolou nenhuma macumba, só a missa de 7º dia da minha tia e muuuuuuuuuuuuuuuito descanso...  Como se missa de 7º dia fosse um programão... aliás, enterro também não é nada divertido, mas pode vir a ser...


No enterro da minha tia, que foi no sábado passado (antes da macumba), enquanto a turma tava dentro da capela, chorando, rezando ou fazendo sabe-se lá o quê que se faz em um enterro, eu, só para variar, estava do lado de fora da capela conversando, jogando conversa fora, com o Léo (primo da minha tia) e a Vanessa (minha ex colega de trabalho e irmã do meu ex-patrão).


Os assuntos foram variados, quase todos engraçados, a ponto de eu ficar preocupado de não ouvirem as minhas risadas dentro da capela (não pega bem, né?)


Entre outras coisas eu saí com a seguinte pérola: "Pilotar moto é a melhor coisa do mundo!  É melhor do que sexo!"  Ao que o Léo respondeu: "Cara, das duas uma.  Ou eu não sei pilotar moto ou você não sabe transar."  Putz, tenho certeza de que até a minha tia morta ouviu a minha gargalhada neste momento.


Hoje, na missa, o Léo não foi... o que é uma pena... conversar com ele é sempre sinônimo de boas gargalhadas...


Não vejo a hora de morrer mais alguém da família para ter mais diversão batendo papo como Léo.


Tirando isso, eu aproveitei para observar o enterro e as reações das pessoas.  Aliás, eu sempre observo essas coisas em enterros, tirando o da minha mãe, que eu não fui...


Tem parentes que eu só vejo em enterro e casamento... gente até bem legal, mas que por morarmos longe só nos vemos nestas ocasiões...


No enterro do meu avô materno a Deise (minha prima), veio, me deu um abraço e ficou calada, como convém nestes momentos...  pouco tempo depois foi o enterro da mãe dela... eu fui e dei um abraço forte, apertado nela... só que eu fiz o que não convém... eu puxei assunto...  falei para ela: Poxa, a gente só se vê em enterro, hein?  Ela concordou... aí eu podia ter calado a boca, mas perdi essa enorme chance... perguntei a ela quem tava cotado para ser o próximo defunto.


Tinha uma prima que era a minha grande companhia... tanto nos enterros quanto nos casamentos...  A Natália, filha do Zé Celso.


Foi uma perda forte para mim quando ela moreu de uma forma tão besta.  Amava aquela menina como se ao invés de prima em 3º grau fosse minha irmã.  Já teve casamento de primos que depois a gente ficou batendo papo, no lobby do hotel, até de manhã e eu só fui dormir no ônibus voltando para o Rio (ah, os casamentos da minha família quase sempre são nos estados de MG ou SP).  Além de ela ser inteligente pra cacete ela tinha um senso de humor muito parecido com o meu, achando graça das mesmas tosqueiras que eu e fazendo comentários escrotos que poderiam ter sido feitos por mim, se eu tivesse pensado mais rápido...


Acho que de todos os enterros os mais sentidos para mim, os que eu realmente iria sentir muita falta do defunto, foram justamente os que eu não fui... o da minha mãe, o da Natália, minha prima, e o do meu tio avô Alfeu.  Lógico que eu vou sentir falta de todos (ou quase todos) os outros também, mas as pessoas que eu sinto uma maior proximidade eu não consigo ir no enterro...


Por experiência eu sei que quando vou num enterro de pessoa excessivamente próxima eu fico completamente transtornado, descontrolado... no enterro do meu avô materno eu tava tão transtornado que dei um soco na parede de tijolo maciço e quebrei dois dedos da mão direita... só que só percebi a fratura horas depois.


Imagino o estado de nervos que eu vou estar no meu enterro...


Primeiro que eu tenho sérios problemas com horários, então provavelmente vou chegar atrasado...


Segundo que o lado mineiro da minha família materna é radicalmente católico, o lado paterno da minha família é protestante e a minha avó e alguns irmãos da minha mãe são espíritas kardecistas, enquanto eu e a minha mulher somos umbandistas...


Imagina essa turma toda reunida num ritual religioso de Umbanda, pra despachar o egum (eu)?  Quem faltar no meu velório eu volto para puxar o pé...


Minha mulher já tá avisada... quando eu morrer é pra botar oferenda pra mim na encruzilhada... um pacote de cigarro (ficar trancado num caixão sem cigarro é foda) e ao invés de botar uma caixa de fósforos é pra botar um isqueiro zippo.  Ao invés de farofa e frango é pra botar chocolate e ao invés de marafo é pra botar coca-cola pois eu não bebo... mas é da comum... se botar coca zero eu volto para aporrinhar o juízo dela.

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